felicidade
não costumo pensar muito no assunto felicidade porque tenho uma ideia, não só vaga do que será senti-la, como não acho que no mundo material e físico seja assim tão importante. fiquem à vontade para me chamarem de estranha.
para mim a felicidade equivale a calma e paz de espírito. é a capacidade de viver o momento, estar presente, sem remoer o passado nem tentar prever e controlar o futuro. é estar totalmente desligado de posses e sentimentos que nos prendem a pessoas e a objectos. não se deixar domar pelas emoções nem pelos sentimentos nem pelos pensamentos. já não sei quem disse (talvez gandhi?), mas não partilho da opinião de que a felicidade é o caminho. mas também não é o fim do mesmo. mas quem sou eu em comparação com o senhor?! não acho que a felicidade tenha a ver com amor romântico nem com o amor às pessoas que nos são próximas e com quem temos algum tipo de relação. terá mais a ver com o amor universal, aquilo que nos une a todos e que nos esquecemos que existe. bondade por nós próprios, pelo próximo, pela natureza, pelo universo.
não acho que a felicidade seja impossível para o comum mortal. apenas acho que é mais difícil senti-la do que achamos ou queremos achar. mas isto é só um achar.
nos tempos que vivemos, antes de pensar em felicidade acho importante focarmo-nos no contentamento. no agradecimento pelo que temos sem querer e desejar desesperadamente por mais. mais coisas, mais afectos, mais atenção, mais validação. porque enquanto o ser humano deseja estas coisas nunca conseguirá chegar à verdadeira felicidade.
ilustração minha
em resposta ao desafio da Ana de Deus