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A Introvertida

Introvertida. Intuitiva. Sentimental. Perceptiva.

31
Ago22

Conflitos Desnecessários

Pergunta Original: What Needless Conflict Can I Avoid?

Acho que qualquer conflito é desnecessário. Tenho engolido muitos sapos para evitar discussões feias. Tenho-me valido também da fama de ser calada. Mas quando me sinto à vontade com alguém, sou capaz de discutir, de dar opinião e não me calar. Posso é não saber escolher bem os conflitos em que me envolvo. Talvez tenha tendência a preferir o pior tipo de conflito, o que activa em mim as emoções mais básicas.

Conflito desnecessário é qualquer um que debata opiniões enviesadas, sem abertura de mente e espírito. Conflito desnecessário é o confronto de egos, a batalha pela "razão", ver quem mais bate o pé e quem consegue ficar em vantagem.

conflict.png

ilustração criada em Canva

29
Ago22

escreve sobre algo que pensas sempre "e se..."

ai... tantas coisas...

a principal e que mais me tem acompanhado nos últimos sete anos foi a decisão de uma mudança de emprego que fiz que foi contra o meu instinto, correu muito mal e ainda hoje me pergunto "e se".

Já estava numa empresa há dois anos e meio quando fui contactada por outra. O meu primeiro pensamento foi "obrigada mas não". Tinha acabado de mudar de departamento, estava a ter imensa formação e tinha sido muito bem recebida. Sabia que era uma empresa onde teria potencial de crescimento. o novo emprego revelou ser horrível, aborrecido e não tive oportunidade de aprender mais, como achei que poderia, por estar tão absorvida por duas tarefas que me tiravam o tempo todo.

"e se" eu tivesse sido mais teimosa e imposto a minha vontade é outra história que já vai caindo no esquecimento mas tem a ver com uma pseudo relação que tive há uns anos e a qual já referi algumas vezes por aqui. Mas teve um impacto muito negativo em mim e felizmente já não me lembro da pessoa em questão todos os dias.

em resposta ao desafio da Ana de Deus.

15
Ago22

escreve sobre algo que sentes fortemente

revolta. sinto muita revolta. em relação a muitas coisas separadamente mas que se interligam.

no fundo, e muito sinceramente, revolta-me a sociedade em que vivemos e tudo o que ela bajula, os valores que tem reformado. não acho que vivemos nos melhores tempos. não acho que a indústria, os serviços nem a tecnologia nos tornam mais desenvolvidos nem intelectuais nem inteligentes. não acho que vivemos numa sociedade avançada. revolta-me, acima de tudo, o poder que damos ao dinheiro e às pessoas com dinheiro. e o à vontade que sentem em achar que nos devemos curvar perante si pois crêem que o dinheiro consegue e pode tudo.

revolta-me a confiança cega em quem pouco ou nada se preocupa connosco. revolta-me a preocupação geral com assuntos triviais enquanto a nossa qualidade de vida continua a diminuir em detrimento de uns muito poucos. revolta-me que nada se faça. revolta-me ver o povo adormecido e encantado com este estilo de vida oco, doentio e sem rumo. revolta-me a nossa desconexão e distanciamento dos outros e da natureza. revolta-me esta era do individualismo, do egoísmo e do egocentrismo.

tenho medo do futuro mas um raio de esperança por saber que há mais gente como eu.

em resposta ao desafio da Ana de Deus.

upside down.png

ilustração criada em Canva

10
Ago22

Perdoem-me o desabafo mas...

...os vossos filhos não são extraordinários... Não os tratem como tal...

Nenhuma criatura é a última bolacha do pacote e, por favor, aceitem: os vossos filhos são medianos. Nem mais nem menos que os outros.

Isto de trabalhar numa escola e lidar com pais, ouve-se com cada uma...

b humble.JPG

ilustração criada em Canva

08
Ago22

partilha palavras de sabedoria que alguém te disse um dia

as palavras que me disseram por duas vezes, por pessoas diferente e em ocasiões diferentes separadas por cerca de 10 anos, não são bem de sabedoria mas valeram-me um emprego por mais tempo e vão me valendo este emprego por mais algum tempo também.

"Não te tinha por uma desistente".

Mas fica aqui a mensagem do dia:

marcus aurelius.JPG

Em resposta ao desafio da Ana de Deus.

03
Ago22

Pensar e Agir

Pergunta Original: Am I Thinking Before I Act?

Resposta curta e grossa: sim! Se há coisa que faço demais é mesmo pensar antes de agir - fazer ou dizer. Às vezes contenho-me até demais. Permito que me pisem por acharem que não me imponho nem me defendo. Mas honestamente, há guerras que já não me faz sentido ter. Há conversas que não quero nem energia tenho para manter. Não deixo de achar que deveria fazer-me ouvir mais. Que perco por não o fazer. Mas não tenho a confiança necessária para elevar o tom da minha voz sem gaguejar, sem me atropelar nem ter discurso e pensamento desfasados um do outro. O que noto acontecer cada vez mais é que, quanto menos falo, menos sou capaz de o fazer. Não me lembro das palavras e perco-me em busca delas.

01
Ago22

Partilha algo que está a ser difícil lidar neste momento

Há duas coisas que têm pairado no meu espaço mental. Não me tiram o sono mas aumentam exponencialmente a minha ansiedade. Uma mais que outra.

Uma delas é a minha relação em estado embrionário. Eu nunca estive numa relação a sério antes e sei que é isso que ele quer. Com direito a apresentações a família e fins de semana e férias juntos. Se por um lado o facto de eu ainda querer manter as coisas em segredo me dá ansiedade pela possibilidade das pessoas descobrirem, por outro fico extremamente nervosa de pensar em apresentá-lo à minha família. Conhecendo-os como conheço, consigo prever as reacções e o choque porque... ele não tem nada a ver comigo. E tenho um pai e um irmão com um nível de preconceito que me algum desânimo.

Eu própria duvido muitas vezes da escolha que fiz ao lhe dar atenção e aceitar os convites dele. Não sei se sei o que é uma relação nem como me comportar. O que é esperado de mim? Emocionalmente, sou uma pessoa esquiva. Tenho conseguido evitar algumas situações onde me sinto mais desconfortável desculpado-me (a mim) com o facto de não estarmos em nenhuma relação assumida. Mas também... quando se assume realmente? Não quero que ele pense que estou a tirar partido dele nem a aproveitar refeições nem passeios ao fim de semana. Aliás! Temos discussões sobre isto porque ele não está num situação financeira estável e custa-me vê-lo gastar dinheiro tão regularmente comigo, mesmo eu querendo pagar as coisas a meias. O que mais me causa preocupação é o meu pavor à intimidade. Eu não me importo que ele me toque (já me importei com o toque dos outros) mas a eventual ultrapassagem do meu pânico causa-me desconforto antecipado.

O outro assunto que ainda me perturba tem a ver com trabalho. De sentir que estou, constantemente, numa prova. Que mereço estar onde estou. Que sou trabalhadora e destacar-me em relação à minha antecessora. Eu não tive uma boa relação com ela e nunca consegui sentir-me à vontade no mesmo espaço que ela. Para me sentir pior ainda, é o tipo de pessoa que a equipa colocava num pedestal, lançava passadeira vermelha e ainda lançava pétalas de rosas para a madame passar. Nunca consegui perceber este tratamento, que lhe dava espaço e conforto para ser o que quisesse ser. Até ouvir o nome dela me deixa desconfortável! E ainda levará algum tempo até as pessoas a considerarem como uma peça perdida do puzzle, que ficou no passado.

Em resposta ao desafio da Ana de Deus.

overthink.png

ilustração criada em Canva

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